Almeida, João Ferreira de (2013), Desigualdades e Perspetivas dos Cidadãos: Portugal e a Europa, Lisboa, Editora Mundos Sociais.

Resumo:

Estudar desigualdades implica situar não apenas o conceito, distinguindo as múltiplas formas que inclui, mas também o âmbito das observações e das comparações visadas.

Foram tidos em conta desde logo os desníveis de rendimentos entre as pessoas, a par de desigualdades que não são diretamente económicas, como as de escolaridade e cultura, ou as de género, ou as que são geradas sobretudo por preconceitos.Raramente se percebem as implicações de um processo social sem comparações adequadas. Muitas das que aqui ficam propostas têm o horizonte europeu por referência, já que a nossa localização como país, não apenas geográfica mas de desenvolvimento social, nos aproxima – embora por vezes também nos afaste – do que se passa no conjunto do continente.É bem claro que, se a igualdade faz bem, genericamente, a cada sociedade, os efeitos das desigualdades afetam diferencialmente a respetiva população. A análise de classes, que já parte da distribuição desigual de recursos disponíveis, contribui para avaliar a repercussão dos problemas existentes pelos grupos sociais.Ficará claro que nas classes e grupos desfavorecidos tende a haver efeitos de contágio negativo entre as várias componentes dos recursos, conduzindo a situações graves de «terceiros mundos interiores», caracterizadores de formas de pobreza e de exclusão social nos chamados países ricos.Mas muitas outras questões tiveram de ser abordadas a partir da porta inicial de entrada, como as evoluções do Estado de bem-estar, as políticas públicas prevalecentes, os movimentos sociais, o sindicalismo, os conflitos contemporâneos.
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