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Portugal registou em 2015 uma queda de 3,7 pontos percentuais face ao ano anterior

O abandono de educação e formação é um dos indicadores que melhor expressa as desigualdades educacionais entre países. A unidade de análise é uma percentagem da população com idade entre os 18-24 anos que concluiu no máximo a escolaridade básica e não está a estudar ou a receber formação.

Na Figura 1, verifica-se que ao longo dos últimos anos, Portugal tem tido uma aproximação significativa com a média europeia. No último ano, a redução de 3,7 pontos percentuais (de 17,4% para 13,7%) foi maior  do que a distância portuguesa para a média europeia (2,7 pontos percentuais).

Se o valor referente a 2015, for comparado com o de 2005, observa-se uma redução de 24,6 pontos percentuais ,passando de 38,3% para 13,7% entre 2005 e 2015, respetivamente. Ou seja, hoje em dia, e apesar dessa descida não ter sido linear ao longo da última década, o valor em pontos percentuais hoje representa  cerca de 36% do que representava em 2005.

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Como se verifica nas Figuras 1 e 2, a média europeia é 11%. No conjunto dos países com o menor abandono precoce de educação e formação, encontram-se: a Croácia (2,8%), que regista o valor mais baixo, seguido da Eslovénia (5%), Suíça (5,1%), Chipre (5,2%), Polónia (5,3%), Lituánia (5,5%), República Checa (6,2%), Eslováquia e Irlanda (6,9%) e por fim a Suécia (7%). Com valores superiores aos de Portugal, encontram-se 6 países, sendo estes: Turquia (36,4%), Espanha (20%), Malta (19,8%), Roménia (19,1%), Islândia (18,8%) e a Itália (14,7%).

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No Quadro 1, apresenta-se a diferença do abandono precoce de educação e formação, em 2015, segundo o sexo. Em Portugal, o abandono escolar precoce é significativamente menor nas mulheres (11%) do que nos homens (16,4%). De salientar que este indicador, respeitante a mulheres portuguesas, encontra-se na linha daquilo que se verifica à média total (homens e mulheres) europeia. Analisando apenas a diferença por sexo entre Portugal e a média europeia, a diferença nos homens situa-se nos 4 pontos percentuais e nas mulheres nos 1,5 p.p., sempre com os valores portugueses acima dos da média europeia. A diferença, em Portugal, entre homens e mulheres para este indicador é de 5,4 pontos percentuais O país analisado com maior diferença é a Islândia (12,5 p.p.) e o que regista uma diferença menor é a Eslováquia (0,1 p.p.). Na média dos países europeus, a diferença entre homens e mulheres é de 2,9 pontos percentuais.

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Atualizado por: Pedro Perdigão